Com os acontecimentos dos últimos anos no mundo, não é difícil perceber que a intolerância está no ar em muitas frequências e padrões.
O humor já tratou a intolerância como algo que, de tão caricato, pareceu engraçado. Mas é o drama, hoje em dia, que tem mais manifestado a ausência de tolerância nas experiências dos humanos.
O que ocorre aí fora não é tão diferente do que ocorre no nosso interior, onde criamos inúmeros aspectos, uns querendo controlar e se sobrepor aos outros. Por isso, o que chamamos de “realidade” acaba sendo o reflexo de um sistema complexo de muitas crenças desses aspectos e que a humanidade continua criando a todo instante.
Quando essa diversidade de crenças não é aceita ou se impõem um julgamento sobre ela, expressamos preconceitos, medos e outras emoções semelhantes. Não importa se as diferenças estejam no plano político, religioso, social, sexual, com rótulos de progressista ou conservador. O mundo está dividido entre os que aceitam que o outro seja diferente e os que não aceitam.
Ser consciente é ir além das próprias impressões, porque o que vem de fora não é absoluto, mas um conjunto de padrões carregados de muitas programações, as quais os grandes veículos de comunicação alimentam através do próprio senso comum.
Quando não colocamos consciência na maneira como nos vemos e vemos o mundo, somos sugados por essa “malha inconsciente” e expressamos ainda mais intolerância, que nada mais é do que a negação dos nossos próprios aspectos.
(LH)